Mauro de Queiroz

Por Pedro Wilson Carrano Albuquerque

Mauro de Queiroz

Mauro de Queiroz- Jornalista, filósofo e professor, foi um incansável lutador por um mundo mais justo e fraterno.

No dia 3 de dezembro último, deixou-nos Mauro de Queiroz, esposo de minha prima Maria Regina. Pessoa boníssima e possuidora de grande cultura. Jornalista, filósofo e professor, foi um incansável lutador por um mundo mais justo e fraterno. Em 2007, a Câmara Municipal de São Paulo outorgou-lhe o título de Cidadão Paulistano, pelo trabalho realizado no Município.

Mauro de Queiroz, nasceu na cidade de Visconde do Rio Branco, no estado de Minas Gerais, em 1º de maio de 1932. Filho de José Miranda e Edna de Queiroz. Em 1959, ordenou-se padre em Leopoldina (MG). Foi um dos diretores do Colégio João XXIII, em Recreio (MG), onde também lecionou. Com pedagogia “I’, inovadora para a época, o colégio se destacou por trabalhar na formação de educadores e educandos, pautando-se nos princípios educacionais de Paulo Freire.

Visionário e progressista, valorizava a participação dos leigos nas atividades paroquiais. No período da ditadura militar, foi perseguido e indiciado pelo DOPS de Belo Horizonte (MG) por suas ideias, por dar apoio e abrigo a ferroviários da Estrada de Ferro Leopoldina, então perseguidos, e por assumir, como vigário, as reformas revolucionárias propostas pelo Concílio Vaticano II. Deixou o ministério sacerdotal em 1971.

Por muito tempo, dedicou-se às Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e ao Movimento dos Padres Casados (MPC), seguindo a teologia da libertação. Nesse mesmo ano, Mauro se mudou para São Paulo. Casou em 7.12.1972 com Maria Regina Albuquerque de Queiroz, com quem teve os filhos Araci, Jandira e Francisco, que lhe deram os netos Leonardo, Vicente e Antônio.

Em 1981, participou da criação e da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT). Formado em jornalismo pela Faculdade Cásper Libero, em 1976, trabalhou em algumas das principais editoras do país, entre elas Abril e FTD, e na Revista Caros Amigos.

Na década de 80, participou da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Editoras de Livros, Publicações Culturais e Categorias Afins do Estado de São Paulo (SEEL) por dois mandatos. Trabalhou como voluntário na organização não governamental (ONG) Espaço Formação Assessoria e Documentação, dedicando-se principalmente ao Movimento de Alfabetização de Adultos (MOVA), orientado pela pedagogia de Paulo Freire.

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